Aos 33 anos o que fez o abraçar o projecto Benfica?
R: O meu regresso a Portugal deveu-se a motivos familiares. A minha família não podia continuar a seguir-me pelo estrangeiro e decidi voltar para manter a família unida. O Benfica foi o meu clube durante 4 anos antes de embarcar na aventura pelo estrageiro , e como é também o meu clube de coração, a decisão foi fácil de tomar. O projecto que ambicionam para o basquetebol do clube atraiu-me e resolvi assinar e lutar por para que esse projecto cresça e se desenvolva.
Ao registares médias muito boas, com grandes exibições em alguns dos jogos, teremos Sergio Ramos para quantos anos ?
R: Não faço planos a longo prazo, vivo o dia-a-dia e procuro de desfrutar ao máximo do momento que atravesso, tanto a nível pessoal como coletivo.
Teremos um Benfica de volta ao palco europeu para a próxima época?
R: Ainda é cedo para avaliar esse tipo de situações. Estar na Europa requer um investimento muito maior daquele que dispomos actualmente, quer a nível financeiro como a nível humano. Temos de ir passo a passo e o objectivo a curto/médio prazo é voltar a ser campeão nacional. A Europa por enquanto terá que esperar.
Depois de jogares em Espanha e Itália quais as grandes diferenças que sentiste para o nosso campeonato?
R: O nível é muito mais elevado quer em Espanha como em Itália. A intensidade de jogo é maior. O nível defensivo é muito maior e fisicamente é mais exigente jogar por exemplo em Espanha. A própria organização da competição está a um nível superior é bastante mais profissional, e os clubes tem todos eles uma estrutura profissionalizada.
Ja projectaste o teu futuro pós-basquetebol?
R: Ainda não projectei o meu futuro, mas gostaria de ser treinador num futuro distante.
Quais os principais desafios que tiveste de enfrentar ao longo da carreira?
R: O maior desafio foi sem duvida as duas graves lesões no joelho que me impediram de jogar durante dois anos. Recuperar dessas lesões e voltar a desfrutar do basquetebol foi a minha maior vitória.
Que conselhos dás aos jovens jogadores conseguirem alcançarem o patamar que atingiste?
R: Em primeiro lugar que se divirtam a jogar basquetebol. Depois é necessário muito espírito de sacrifício e uma boa ética de trabalho, treinando sempre no nosso limite para crescermos como jogadores. Treinar muito e bem é um bom caminho para o sucesso.
Qual a tua opinião sobre o actual estado do basqutebol português?
R: De um modo geral o nível é baixo. Existem poucas equipas com qualidade e o nível do basquetebol em certos jogos é paupérrimo. Com as novas regras de 3 estrangeiros é importante apostar na formação de jovens jogadores: há falta de novos talentos a despontar e um grande vazio entre a minha geração e a geração que faz agora 20 anos. Deveria haver mais quantidade e qualidade de jogadores portugueses. Espero que as novas regras sejam um incentivo aos jovens e aos seus treinadores para apostarem na sua formação como atletas.
Qual a principal lição de vida que tirou através do basket?
R: O espírito de sacrifício e o esforço são o único caminho para atingires os teus objetivos. Algumas vezes pode levar um pouco mais de tempo mas se fores honesto com o teu trabalho e te dedicares a 100% acabarás por alcançar as metas a que te propões.
Qual o momento mais marcante da tua carreira?
R: Pela positiva os anos que passei em Lérida e pela negativa as lesões.
Respostas rápidas:
Melhor momento da carreira?
Anos de Lérida.
Melhor Estrangeiro que actuou em Portugal?
Jean Jacques
Melhor Estrangeiro actualmente actuar em Portugal?
Rico Hill e Gregory Stempkin
Melhor jogador português de sempre?
Carlos Lisboa
Melhor jogador português actualmente?
João Santos, Carlos Andrade, Betinho
Melhor jogador que já defrontas-te?
Bodiroga, Nocioni
Melhor equipa que já defrontas-te?
O Barça de Bodiroga, Navarro e Jasikevicius,
Melhor treinador que já tiveste?
Edu Torres
Jogador mais espectacular que já defrontas-te em Portugal?
Carlos Lisboa
Alguém que passou ao lado de uma grande carreira?
Não vou dizer nomes mas conheço alguns que por acomodação ou falta de ambição nunca atingiram o patamar que se esperava deles.
Um ídolo da modalidade:Carlos Lisboa
1 comentário:
penso que aqui o sergio estaria a referir-se ao rodinhas
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